East Coast e West Coast (costa leste e costa oeste dos EUA) Notorious B.I.G. e Tupac Shakur. Tudo acontecia ao mesmo tempo! Dr. Dre batizava o G’Funk, e o Rap Latino surgia com força na Califórnia. Do outro lado, Mc´s como KRS-One, seguiam defendendo o Real Hip Hop, e grupos como De La Soul misturavam jazz e letras cultas.
Mesmo com bandeira da paz do Real Hip Hop hasteada, a tendência Gangsta se manifesta. O estilo pesado, letras sobre o crime e batidas fortes apresentavam nomes como: Onyx, Moob Deep, Wu-Tang Clan e Nas. Na mesma época, o Jazz Rap era a tendência que revelava nomes como: A Tribe Caled Quest, Busta Rhymes, e Gang Star.
Mas foi em Los Angeles, Califórnia, Costa Oeste, onde o Gangsta Rap se popularizou. Em 91, com o final do grupo N.W.A o mundo pôde conhecer o trabalho solo de seus ex-componentes, que eram nada mais nada memos que Dr. Dre, Ice Cube, Eazy-E (morto pelo HIV em 95) e Mc Ren. O gênio Dr. Dre, com o Álbum The Cronic, revelou ao mundo uma nova leitura para o Funk original, o G-Funk e junto com ele apresentou nomes como o Snoop Dogg . O fenômeno Gangsta revelou também Coolio. Quem não lembra dos hits “Fantastic Voyage” em 94 e “Gangstas Paradise” em 95?…
A cena Underground de Los Angeles revelou o Rap Latino, ou “Chicano Rap” com nomes como Cypress Hill que estouraram clássicos tipo “Insain the Brain”. A origem latina ainda se manifestou na música de nomes como Delinquente Habits (Porto Rico) e Orishas (Cuba).
O Top 10 da revista americana Billboard revelava para o mundo jovens talentos cujos singles se destacavam nas paradas, dentre eles podemos destacar: Kriss Kross, House of Pain, Da Youngstas, Wreckx-N-Effect, Luniz. Sem falar na revolução causada por grupos como Bone-Thugs~N~Harmony e Outkast, cujas produções ousadas e as “levadas” especiais acrescentaram um novo estilo ao Hip Hop e na máquina de vender discos chamada No Limit Records, liderada pelo grupo TRU que era composto pelos rappers Master P, Silk The Shocker e C-Murder.
Os Manos dominavam a cena, mas não podemos esquecer que as mulheres tiveram também um papel importante no Hip Hop. O Rap feminino nos EUA também tem força. Apesar de hoje em dia as mulheres cantarem mais melodias (R&B) do que rimas como no Rap. No início dos anos 90 nomes como Mc Lyte, Queen Latifa, Da Brat com álbum “Funkdafied” (disco de platina em 94) e Lauryn Hill, na época com o grupo Fugges.
No RAP Nacional, o cenário dos anos 90 era movimentado por rappers do DF como Câmbio Negro, Cirurgial Moral, Álibi, GOG, Versos ao Verbo, e de São Paulo, Comando DMC, Consciência Humana, Sistema Negro, Racionais, Thaíde e DJ Hum, Ndee Naldinho entre outros.
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